A voz
humana consiste em 69 cordas vocais no som produzido pelo
ser humano usando suas cordas vocais para falar, cantar, gargalhar, chorar, gritar,
etc. Sua frequência varia entre 50 e 3400 Hz. De modo geral, o
mecanismo para gerar a voz humana pode ser subdividido em três partes: os pulmões,
as pregas vocais dentro da laringe e os articuladores (lábios, língua,
dentes, palato duro, véu palatar e mandíbula).
O pulmão produz um fluxo de ar, que funciona
como um combustível para a voz, que é expulso pelo diafragma e passa
para as pregas vocais, que vibram e transformam esse ar em pulsos sonoros,
formadores da fonte de som do nervo laríngeo. Os músculos da laringe ajustam a
duração e a tensão das pregas vocais para adequar a altura e o tom.
Os articuladores articulam e filtram o som emanado pela
laringe e até certo ponto podem interagir com o fluxo de ar para fortalecê-lo
ou enfraquecê-lo como a fonte do som.
As
pregas vocais, juntamente com os articuladores, são capazes de produzir sons
altamente intrincados. O tom da voz pode ser modificado para sugerir emoções
como raiva, surpresa e felicidade. Cantores usam
a voz humana como um instrumento para criar música.
Produção
A
voz é produzida quando o ar respiratório (vindo dos pulmões) passa pelas pregas
vocais, e por nosso comando neural, por meio de ajustes musculares, faz
pressões de diferentes graus na região abaixo das pregas vocais, fazendo-as
vibrarem. Esse mecanismo se assemelha ao balão, quando o secamos apertando sua
"boca", provocando um ruído agudo, fruto da vibração da borracha.
O
ar expiratório, que fez as pregas vocais vibrarem, vai sendo modificado e os
sons vão sendo articulados (vogais e consoantes). Depois, emitidos pela boca,
criam a onda sonora que vai atingir a cóclea do ouvinte. Então a voz é ouvida.
As
pregas vocais vibram muito rapidamente. Nos homens, esse número de ciclos
vibratórios fica em torno de 125 vezes em um segundo. Na mulher, que tem voz,
geralmente, mais aguda, o número aumenta para 250 vezes por segundo. A essa
característica damos o nome de frequência. As pregas vocais do homem têm
mais massa e são menos esticadas que as da mulher (como no violão, as cordas
mais esticadas são mais agudas e vibram mais que as cordas mais graves).
Voz e Comunicação
A
voz é uma característica humana intimamente relacionada com a necessidade do
homem de se agrupar e se comunicar. Ela é produto da sua evolução, um
trabalho em conjunto do sistema nervoso, respiratório e digestivo, e de músculos, ligamentos e ossos,
atuando harmoniosamente para que se possa obter uma emissão eficiente. As
pregas vocais (ou cordas vocais), primordialmente, não foram feitas para o uso
da voz. Esta foi uma função na qual a laringe (local onde se encontram as
pregas vocais) se especializou, mas estes músculos foram desenvolvidos, em
primeiro lugar, para as funções de respiração, alimentação e esfincteriana.
A
voz está associada à fala, na realização da comunicação verbal, e pode variar
quanto à intensidade, altura, inflexão, ressonância, articulação e muitas
outras características.
Eufonia e Disfonia
À
emissão de uma voz saudável damos o nome de eufonia. A uma voz doente, ou
seja, com uma ou mais de suas características alterada, damos o nome de disfonia.
A disfonia pode ser orgânica, funcional ou mista (orgânica-funcional). Ela não
é uma doença, mas o sintoma, uma manifestação de um mau funcionamento de um dos
sistemas ou estruturas que atuam na produção da voz.
A
disfonia pode ser tratada. O profissional habilitado e responsável pela
intervenção das disfonias é o fonoaudiólogo, e geralmente este profissional
trabalha em conjunto (no caso da voz) com o otorrinolaringologista ou o
laringologista. Pode, ainda, trabalhar com o professor de canto. A voz sofre muita
influência de hormônios e de nossas emoções. É comum ouvir pessoas que estão
muito tristes ou nervosas, roucas. A rouquidão é um tipo de disfonia.
A
incapacidade de produzir a voz é chamada de afonia.
Timbre
O timbre da
voz humana depende das várias cavidades que vibram em ressonância com as pregas
vocais. Aí se incluem as cavidades ósseas, cavidades nasais, a boca, a
garganta, a traqueia e os pulmões, bem como a própria laringe.
Frequência
A mais baixa frequência que
pode dar a audibilidade a um ser humano é mais ou menos a de 20 hertz (vibrações
por segundo), enquanto a mais alta se encontra entre 10.000 e 20.000 hertz, o
que depende da idade do ouvinte (quanto mais idoso, menores as frequências
máximas ouvidas). A frequência comum de um piano é de 40 a 4.000
hertz e a da voz humana se encontra entre 50 e 3.400 hertz.
O recorde de registro
(tessitura) de voz mais alta pertence à Georgia Brown, que possui o
registro de exatas oito oitavas (G2 à G10), o que é mais alto do que qualquer
nota de piano.
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